E porque os mais velhos são os anciães da sabedoria... cuidemos deles!

Nunca encontrei uma pessoa da qual não tivesse nada a aprender.
(A. de Vigny)


Devemos ter cuidado com o calor que se aproxima, mas cuidem ainda melhor dos idosos, senão,vejam esta do Diário de Notíciasnotícia:

"Calor matou 1259 idosos no último Verão


Rute Araújo
Ursula Zangger (imagem)
O calor voltou a matar no Verão passado. 1259 pessoas, a maioria com mais de 75 anos, não sobreviveram ao quinto ano mais quente desde 1931. Estes são os dados provisório apresentados ontem pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). E o diagnóstico volta a apontar no mesmo sentido: quem morre com o calor são os idosos, que vivem sozinhos ou em lares, e que não chegam a tempo às unidades de saúde. No dia em que apresentou o novo plano para este ano, a DGS traçou duras críticas às instituição sociais que recusam mudar a situação.

"Só pedimos para transmitirem a informação, porque não podemos entrar pelas instituições dentro, ou deixar os folhetos na caixa do correio. Mas não a obtivemos a resposta que gostaríamos. Não sei se pensaram que estávamos a pedir dinheiro...", afirmou o sub-director geral da Saúde, José Robalo, apontando como exemplos as organizações, como as Misericórdias, que mais lidam com esta população de risco.

Apesar de, no ano passado, os registos dos óbitos nas conservatórias terem apontado para mais de mil mortos em relação àquilo que seria de esperar para a época, a DGS recusa que o plano de contingência para as ondas de calor esteja a falhar. Criado em 2003, após o verão quente que resultou em três mil mortos, este plano tem vindo a ser aperfeiçoado a cada ano. "Não pode ser apenas uma plano da saúde, tem que envolver as redes sociais", disse ainda José Robalo.

Se a mortalidade superou o milhar, esses números não tiveram reflexo na procura de cuidados de saúde. A linha de saúde pública, que recebe os pedidos de ajuda, manteve a média de cem chamadas por dia e, nas urgências, apenas no período das ondas de calor ocorreu um ligeiro acréscimo, não superior a 12%. A climatização nos hospitais e centros de saúde também continua a ser "uma grande dificuldade" identificada pela DGS, já que muitas destas unidades ainda não têm forma de fazer baixar a temperatura."